segunda-feira, 3 de maio de 2010

ILha do Medo - Martin Scorsese




Leonardo DiCaprio estrela o filme, como um agente federal que investiga o desaparecimento de uma paciente da “Ilha do Medo” (“Shutter Island”, no original). Na ilha o psicológico do personagem se mescla com o político, o trauma pessoal com a angústia.O mote é simples, pelo menos aparentemente: logo na primeira cena uma balsa leva Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) à tal Ilha do Medo do título; o agente federal chega ao presídio psiquiátrico da ilha acompanhado de outro agente, Chuck Aule (Mark Ruffalo), supostamente para investigar o tal desaparecimento da paciente.O clima de pesadelo crescente vai se instalando aos poucos, quando o personagem de DiCaprio passa a questionar a própria sanidade. Seria culpa das pílulas para enxaqueca que o diretor do hospital (Ben Kingsley) lhe deu?
Porém, logo tudo vai se revelar uma conspiração e eles vão perceber que estão presos na ilha, prestes a serem as mais novas vítimas das experiências científicas sobre o cérebro humano realizadas nos prisioneiros do local.Todos no lugar se comportam de forma suspeita. O paradeiro da mulher é tão misterioso quanto a sanidade de todos – a começar pela do investigador, que já começa o filme lavando o rosto e dizendo a si mesmo no espelho algo como “se segura, cara. Segura a onda”.Já nos primeiros planos, cigarros, mãos e rostos mudam de posição de um corte para outro. O barco onde está Teddy sai do meio de uma espessa bruma. A chegada ao hospício, que em outras mãos seria normal e cheia de suspense, faz com que Scorsese dê lancinantes estocadas na orquestra da trilha.

Uma vez dentro do manicômio, Teddy percebe que todos estão escondendo informações importantes para descobrir a verdade. Interrogando pacientes e funcionários da instituição, ninguém parece saber de nada sobre o sumiço da mulher, que assassinou seus três filhos e se recusava a acreditar que eles estavam mortos. Os mistérios na Ilha do Medo se tornam cada vez mais constantes para a dupla de policiais, principalmente quando Teddy revela ao parceiro sua teoria sobre o lugar, de que ali são feitas experiências psicológicas contra inimigos do Estado.

Com os psiquiatras Cawley e Naehring fazendo de tudo para dificultar as investigações, além de o Dr. Sheehan, médico particular da desaparecida de férias, os policiais precisam quebrar todos os protocolos do local para conseguir algum resultado. A surpresa, no entanto, é que a presa reaparece como se nada tivesse acontecido. Sem mais motivos para continuar na ilha, mas assombrado por acontecimentos do passado, Teddy decide continuar sua investigação a fundo, até desvendar o que realmente está acontecendo ali. Porém, quanto mais ele descobre, menores são as chances de um dia ele conseguir ir embora.

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