segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

David W. Griffith


Griffith nasceu em La Grange, Oldham County, Kentucky, filho de Jacob "Roaring Jake", um colono do Confederate Army e herói da Guerra Civil Americana. Começou sua carreira como um próspero dramaturgo mas não conseguiu sucesso. Depois se tornou ator. Encontrando seu caminho no cinema, em pouco tempo dirigia um grande corpo de trabalho.
Entre 1908 e 1913 (os anos que dirigiu para a American Mutoscope and Biograph Company), Griffith produziu 450 curtas, um número enorme mesmo para a época. Esse trabalho o possibilitou experimentar com montagem paralela, movimentos de câmera, planos detalhe, e outros métodos de manipulação espacial e temporal.
Na primeira viagem de Griffith para a Califórnia, ele e sua empresa descobriram uma pequena vila para filmar. Esse lugar era conhecido como Hollywood. Com isso, American Mutoscope and Biograph Company foi a primeira empresa a filmar em Hollywood: In Old California (1910).
Influenciado pelo longa italiano Cabiria, Griffith se convenceu de que longas poderiam ser viáveis financeiramente. Produziu e dirigiu o longa Judith of Bethulia da Biograph. Esse foi um dos, senão "O" primeiro longa produzido nos Estados Unidos. A Biograph achava que os longas não eram viáveis, e como atriz, Lillian Gish disse: "Eles (Biograph) acharam que um filme tão longo iria machucar os olhos deles (audiência)". Por causa disso, e do aumento no orçamento pelo filme que custou 30.000 dólares na produção, Griffith e a Biograph se separaram, sendo que Griffith levou todos os seus atores consigo. Sua nova empresa se tornou um parceiro autônomo de produção na Triangle Pictures Corporation com os Keystone Studios e Thomas Ince. Através da David W. Griffith Corp. ele produziu O Nascimento de Uma Nação (1915).
O Nascimento de Uma Nação foi extremamente popular mas expressava a visão racista da época. Há uma cena no filme na qual a Ku Klux Klan galopa para salvar uma heroína. A parceria terminou em 1917, então Griffith foi para a ArtCraft (parte da Paramount Pictures), depois para a First National (1919-1920). Ao mesmo tempo fundou a United Artists, junto com Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks.
Apesar da United Artists ter sobrevivido como empresa, a ligação de Griffith com ela foi curta, e apesar de alguns de seus filmes posteriores serem bons, ele nunca mais conseguiu sucesso comercial. Entre os longas dessa época estão Broken Blossoms or The Yellow Man and the Girl (1919), Way Down East (1920), Orphans of the Storm (1921) e America (1924). Griffith fez apenas dois filmes com som, Abraham Lincoln (1930) e The Struggle (1931). Nenhum foi bem sucedido e ele nunca mais fez filmes.
Cineasta norte-americano (22/1/1875-23/7/1948), realizador do primeiro longa-metragem produzido nos Estados Unidos (EUA), Nascimento de uma Nação (1915). David Wark Griffith nasce em La Grange, Kentucky, filho de um coronel sulista arruinado pela Guerra Civil Americana. Trabalha como balconista e jornalista antes de ingressar no cinema.
Admirador do escritor Edgar Allan Poe, também escreve poesias. Começa a dirigir filmes em 1908. Realiza os dois clássicos iniciais do cinema norte-americano. O primeiro, Nascimento de uma Nação, inventa a linguagem cinematográfica com o uso do close dramático, do suspense e dos movimentos de câmera. O filme mostra a Guerra Civil Americana de um ponto de vista favorável ao sul.
Griffith exalta a Ku Klux Klan e condena as manobras de negros aliados a políticos brancos. O filme é tão criticado pelo público que, em algumas cidades, há conflitos durante a projeção. O segundo trabalho mais importante, Intolerância (1916), é uma ousada experiência de montagem de histórias paralelas.
Com um custo de 2 milhões de dólares, anormal para a época, transforma-se em um desastre financeiro do qual Griffith leva vários anos para se recuperar. Em 1919, o cineasta funda a United Artists, produtora e distribuidora de filmes, com os atores Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks. Dirige mais de 300 filmes, mas apenas alguns fazem sucesso
Ator e diretor de cinema americano nascido em Floydsfork, Kentucky, Estados Unidos, cujas inovações técnicas foram decisivas para a criação de uma linguagem especificamente cinematográfica, distinta dos padrões estáticos tomados de empréstimo ao teatro. Filho do coronel Jacob Griffith, que esteve no exército norte-americano durante a guerra contra México e foi herói sulista da Guerra de Secessão (1861). Depois da morte do pai, abandonou os estudos e tornou-se ator de teatro, até que o diretor Edwin S. Porter contratou-o (1907) para sua companhia de cinema. Um ano depois dirigiu seu primeiro filme, The Adventures of Dollie (1908). Decidiu então, dar personalidade própria ao cinema e introduziu novidades como os movimentos de câmara, as ações paralelas e as tomadas em primeiro plano. Dirigiu, assim, o antológico The Birth of a Nation (1915), ambientado na guerra de secessão americana, uma obra que foi acusada de racismo. Com o sucesso do filme Intolerance (1916), fundou a United Artists (1919), em sociedade com Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks. Ainda dirigiu filmes de menor sucesso como Orphans of the Storm (1921) e Abraham Lincoln (1930), até que morreu em Hollywood, deixando o reconhecimento como um dos maiores diretores de todos os tempos e importante precursor da arte cinematográfica.


Filmografia:

O nascimento de uma nação

É um dos filmes mais populares da era do cinema mudo. É bastante importante devido a suas inovações técnicas. Porém, ele glorifica a escravatura e justifica a segregação racial, em linha com o movimento intelectual denominado Lost Cause. Ao mostrar um grupo de brancos linchando um negro de maneira aprovativa, o filme afirma e promove o contexto cultural para o aparecimento da Ku Klux Klan, que liderou grupos de brancos vestindo lençóis brancos ao linchamento dos afro-americanos.
Muito controverso, o filme dirigido por D. W. Griffith foi baseado nas novelas de Thomas Dixon The Clansman e The Leopard's Spots. Ele foi lançado em 1915 e é creditado por garantir o futuro dos longa-metragens e solidificar os símbolos da linguagem cinematográfica. O filme estreiou em 8 de fevereiro de 1915 em Los Angeles, Califórnia, com o título de The Clansman, mas foi retitulado em sua estréia em Nova Iorque três meses mais tarde.
O título original do filme, The Clansman foi mudado para O nascimento de uma nação para refletir na teoria de que antes da Guerra Civil Americana, os Estados Unidos da América era uma grande coalizão de estados antagonistas entre si, e que a conquista dos estados do norte no sul finalmente enlaçou todos os estados sob a autoridade nacional.[1]
A controvérsia que o filme causou gira em torno da premissa de que a primeira Ku Klux Klan restauraria a ordem no sul pós-guerra, que estaria "ameaçado" por afro-americanos "incontroláveis" e seus aliados: abolicionistas, mulatos e republicanos do norte.
Apesar de lucrativo, e também popular entre os críticos e público brancos, o filme gerou protestos significantes em seu lançamento por afro-americanos. Estréias do filme eram acompanhadas de prostestos da recém-fundada NAACP. Griffith disse que ficou surpreso com as duras críticas. O nascimento de uma nação é associado ao segundo surgimento da Ku Klux Klan, que renasceu no ano de lançamento do filme, após um período de não existência.
Até o lançamento de The Big Parade em 1925, O nascimento de uma nação foi o filme mais lucrativo de todos os tempos, conseguindo mais de 10 milhões de dólares americanos nas bilheterias do mundo todo (o que seria mais de 180 milhões de dólares dos dias atuais). Este filme ainda é estudado por historiadores de cinema e cultura, e em 1992 a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos renomeou-o "culturalmente significante" e selecionou-o para preservação no Registro Nacional dos Filmes

Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages (1916)
O filme mostra quatro histórias que contam casos de intolerância: na Babilônia; na França, durante o massacre da noite de São Bartolomeu; na Judéia, na época da crucificação de Cristo; e nos Estados Unidos na época em que o filme foi realizado, sendo que as histórias são interligadas pela dramatização de um poema de Walt Whitman.

Lírio Partido (ou Lírio Quebrado) (1919)

Lírio partido no Brasil, O lírio quebrado em Portugal, cujo nome original é Broken Blossoms (Ou ainda Broken Blossoms or The Yellow Man and the Girl ou The Chink and the Child) é um filme de 1919 dirigido por D. W. Griffith.

Way Down East (1920)
Órfans da Tempestade (1921)
América (1924)

Luciana Valadares

Nenhum comentário:

Postar um comentário